terça-feira, 21 de novembro de 2006

silêncios

The silence came bursting thought the walls that night.
No chairs or tables between you and me.
Instead of the usual small talk we just stayed there and waited.
No movements.
My eyes got used to the pale light.
It was raining.
Words came to my mind, but I was too amazed to speak.
I felt the silence bursting thought me.
Violentely.
No warnings.
No needs.
I closed my eyes for two seconds and suddendly we knew.
There was no fear.
Tomorrow was here.



Silence 4, 1998



Para quem gosta.... David Fonseca ao vivo na Aula Magna, em Lisboa, dia 23, às 21:30 horas.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

terça-feira, 7 de novembro de 2006

hoje

Hoje senti novamento o sabor a canela.


Há quase cinco anos que o senti pela primeira vez... acho que nunca o perdi.


Ou talvez já tenha esquecido o teu olhar, o teu sorriso, apesar tudo, nervoso.


Tenho saudades tuas, ponto final.


Os dias tornaram-se longos e as recordações invadiram-me.


Há quatro meses que não te vejo, mas sei que mais cedo ou mais tarde vamos encontrar-nos numa daquelas noites perdidas no barulho distribuído por 100 metros quadrados.


Voltamos a cruzar o olhar. Voltamos a dizer tudo. E tudo fica ali.


Os dias longos conduzem-me novamente à questão: Eu gostei de ti. Tu gostavas de mim. Porque não arriscámos?


É nestes dias intermináveis que confirmo, o único arrependimento que tenho é não ter dito: Deixo tudo por ti.


Sigo em frente. Sempre. Porque sei que o cheiro a canela sempre vai estar comigo como um doce momento que vivi. Como muitos mais virão, depois destes dias que parecem semanas.


Ainda só é terça-feira. E penso em ti.

Presente

Nem sempre amo com amor,

Nem sempre sofro quando choro,

Nem sempre sorrio alegremente,

Nem sempre sonho a dormir,

Nem sempre olho fixamente,

Nem sempre falo por gosto,

Nem sempre beijo com prazer,

Nem sempre amo,

Nem sempre vivo,

Às vezes, sobrevivo...

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Como eu não possuo

Olho em volta de mim. Todos possuem
Um afecto, um sorriso ou um abraço.
Só para mim as ânsias se diluem
E não possuo mesmo quando enlaço.

Mário de Sá Carneiro