"porta-te mal". E com esta fecho a porta e processo o momento como o último. Faço-o não porque queira, mas porque me habituei. Quando te fores embora de vez, talvez não doa tanto. Convenço-me que não gosto e assim conduzo, com o sorriso, cada dia da minha vida.
Talvez seja pela forma como te conheci, por sermos de mundos, de certa forma, diferentes, sempre soube que futuro era tempo que não existia entre nós.
Pela primeira vez, em muito tempo, deixei-me levar e tentei destruir a capa de aço que me reveste.
Aconteça o que acontecer agora, já ganhei. Voltei a mim mesma, com vontade de amar outra vez e sofrer se assim tiver que sim.
Há dias perguntaram-me se estava apaixonada. Pois que não o sei. Encontro-me num estrada que o GPS ainda não localiza.
Gosto de ti, mas sei que o contrário nunca acontecerá.... fico-me por aqui. Não quero denunciar mais nada...
Precisei de escrever estas palavras. Soltas. Publiquei e não reli. Provavelmente não fazem sentido, mas serviram de catarse. Escrevo assim, à toa, porque muitas vezes me falta a coragem de dizer nos olhos.
Talvez ande a enganar a mim mesma...
Vou fazer as malas. Amanha os Açores aguardam por mim e vieram a calhar. Nada como muito trabalho para esquecer devaneios.