sábado, 29 de novembro de 2008

Há dias em que o Inverno é apetitoso

A luz quente da lareira espalha-se pelo ar e mantém na casa uma estranha sensação de conforto.

A objectiva não apanhou nem o vinho nem os ferrero roché, muito menos a musica intensa da chuva a cair, que fizerem companhia num frio fim-de-semana de Dezembro passado no local mais encantado do mundo.... a minha casa... no Alentejo.
Momentos raros que me fazem gostar do Inverno.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

...

De olhos inchadíssimos, o mau humor matinal, e uma chávena de café. Pé ante pé lá desci as escadas e timidamente pus o pé fora de casa. O frio empurrava-me para dentro, de preferência para de baixo dos lençóis. Mas o relógio alertou-me que tinha o tempo suficiente de chegar à minha reunião. No carro um ruído de fundo mantinha-me acordada, percebi depois que era o rádio a tentar trazer-me à realidade. Quando, finalmente entrei na marginal, valeu a pena ter levantado cedo. O frio matinal de um Inverno antecipado, o Sol a brilhar no mar…. foi irresistível. Parei. Sapatos fora e pés na areia e no mar. Ganhei o dia, a semana, o mês... Há qualquer coisa naquele ambiente que me deixa sossegada e em paz comigo mesma.
A sorte bateu-me à porta minutos mais tarde, e um lugar na porta do escritório permitiu que chegasse a horas.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008


O último fim-de-semana revelou-se uma mistura perfeita de trabalho, diversão e partilha.

A repetir brevemente.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

sem título

"porta-te mal". E com esta fecho a porta e processo o momento como o último. Faço-o não porque queira, mas porque me habituei. Quando te fores embora de vez, talvez não doa tanto. Convenço-me que não gosto e assim conduzo, com o sorriso, cada dia da minha vida.
Talvez seja pela forma como te conheci, por sermos de mundos, de certa forma, diferentes, sempre soube que futuro era tempo que não existia entre nós.
Pela primeira vez, em muito tempo, deixei-me levar e tentei destruir a capa de aço que me reveste.
Aconteça o que acontecer agora, já ganhei. Voltei a mim mesma, com vontade de amar outra vez e sofrer se assim tiver que sim.
Há dias perguntaram-me se estava apaixonada. Pois que não o sei. Encontro-me num estrada que o GPS ainda não localiza.
Gosto de ti, mas sei que o contrário nunca acontecerá.... fico-me por aqui. Não quero denunciar mais nada...
Precisei de escrever estas palavras. Soltas. Publiquei e não reli. Provavelmente não fazem sentido, mas serviram de catarse. Escrevo assim, à toa, porque muitas vezes me falta a coragem de dizer nos olhos.
Talvez ande a enganar a mim mesma...
Vou fazer as malas. Amanha os Açores aguardam por mim e vieram a calhar. Nada como muito trabalho para esquecer devaneios.
... Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo...

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

mundo ao contrário

Ao clicar "publicar mensagem" vou contar 160 post neste pedacinho da minha vida (virtual). Não é nehum número redondo como 100, 200 ou 1000 mensagens. Não é um ano, ou 10. Mas fazer referência a esses números certos, não seria eu. Eu que gosto do mundo ao contrário.
Gosto de dormir fora de horas.
Gosto da praia no Inverno.
Gosto de gelados em dias de chuva e frio.
Gosto dos 40º ao Sol numa tarde de Verão alentejano.
Gosto de rasgar regras e encontrar-me em segredo.
Gosto de fazer tudo, o que muitas vezes seria condenado.
Por tudo isto, e mais alguma coisa, o post de hoje é número 160, em dois anos e uns meses de blogue.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

e o vício continua...

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

quero e não quero...

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Pablo Neruda