terça-feira, 11 de agosto de 2009

“Reparei no fio tricolor e no amuleto que trazes ao pescoço: uma espiral, símbolo da lua. Quem to colocou sabe que esta, ao contrário do sol, que permanece sempre igual a si próprio, é um astro que cresce, decresce e desaparece, um astro cuja vida está submetida à lei universal do eterno retorno, do nascimento e da morte. Tal e qual os homens, a sua decrepitude termina na morte. A lua morre durante três dias, mas, a seguir, renasce como lua nova. Assim, o seu desaparecimento nunca é definitivo. Por isso, minha filha, quando olhares para esse amuleto, lembra-te que também a vida é um eterno recomeço. É o que está a acontecer-te agora. Vais começar de novo.”

A Escrava de Córdova,
Alberto S. Santos

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

“Via-se novamente errante na terra, desconfiando dos seus próprios sentimentos. (…) e voltou a invadi-la aquela impressão de mulher de lugar nenhum e de todos os lugares, de mulher que achava que o seu espaço era aquele onde não estava no momento em queria estar.”

A Escrava de Córdova,
Alberto S. Santos