Uma boa companhia e carro é o necessário para fazer a sugestão de fim-de-semana.
Moura, Jardim Dr. Santiago é a primeira paragem. A vista para a planície alentejana, com a barragem do Alqueva a quebrar a solidão da terra, nos renova, depois de uma semana de trabalho e cansaço.
Ainda dentro do jardim, umas escadas recônditas despertam a curiosidade. Subimos degrau a degrau com a imaginação a deslizar para segredos e amores perdidos de outros tempos. O Castelo da cidade surge e, quase por magia, o tempo recua e sentimos o burburinho dos mouros, os passos curtos da princesa moura Salúquia em direcção à igreja onde rezava ansiosa pelo regresso do seu amado.
Descer a rua íngreme, outrora percorrida pelo trote dos cavalos, guia-nos até à Mouraria, bairro branco, labiríntico e tradicional.
Trazer de recordação umas quantas garrafas de azeite. O melhor entre os melhores.
Seguimos viagem até Serpa, uma pequena vila onde o Aqueduto e o Museu do Relógio são visitas obrigatórias.
E quando se fala de Serpa, fala-se obrigatoriamente de queijos. Por isso, reserva lugar numa tasca típica e saboreia-os com um pão acabado de sair do forno a carvão e uma taça de vinho tinto da Vidigueira.
Deixemos por momentos as vilas e entremos na natureza.
Ao sair de Serpa, seguimos na direcção de Mértola e a meio da estrada, desviamo-nos até ao Pulo do Lobo. Aqui a natureza não permite descrições de tão fascinate que é.
O Pulo do Lobo é o principal acidente do curso do rio Guadiana e é o local onde se forma a maior queda de água do Alentejo.
A Barragem da Tapada Grande na Mina de São Domingos é o lugar perfeito para parar e pensar na vida, ou simplesmente perder o pensamento e deixar o mundo girar.
A viagem termina em Mértola, o último porto do Guadiana. Vila onde a arqueologia revela o passado islâmico e no as cegonhas enchem o Céu de vida.